Pular para o conteúdo

Beber a partir de 2027…

julho 28, 2013

Confesso que não tenho experiência com o Barolo Monfortino, de Giacomo Conterno. Provei somente a  safra 1997, duas ou três vezes. Hoje foi uma delas. Bem, não sei como começar…a primeira impressão é de que não é um Barolo. Um vinho de coloração rubi profundo, o alo não é atijolado, mas sim rubi vivo, os aromas não são de frutas secas, nem de rosas…ele começa fechado, algo que lembra carne, fruta negra muito tímida. Na boca é a perfeição, veludo puro, nenhuma aresta, tudo está lá: a acidez vibrante, mas balanceada, os taninos imponentes, grandes, mas que não secam. A fruta ainda é jovem, quase fresca. Depois de umas duas horas no decanter, começam a surgir notas terciárias, lembrando cerveja Geuze, algo herbáceo, mas ele permanece fechado, compacto. O final é longo, elegante, mas o frutado jovial não é necessariamente complexo ou interessante. Lembro que outra vez dei a ele nota 10, mas hoje vai um 9,5. O cliente que trouxe o vinho me contou que tomou ultimamente as safras 1947 e 1961, e que estão muito melhores. Eu acredito, pois o potencial de guarda é inegável.

Tiago Locatelli

Deixe um comentário

Deixe um comentário